Diversas substâncias têm a capacidade de provocar dependência. Dentre elas podemos citar: álcool, maconha, cocaína e seus derivados (crack e merla), anfetamina, opióides, benzodiazepínicos, nicotina, etc. O uso continuado e intenso de substâncias psicoativas pode levar ao quadro clínico de dependência. Esta síndrome é caracterizada por um padrão mal adaptado de consumo da substância, gerando diversos problemas na vida da pessoa. O indivíduo com esta síndrome pode necessitar de quantidades gradativamente maiores da substância utilizada a fim de obter os efeitos desejados, pois o uso continuado determinou redução do efeito provocado.
Isto é costumeiramente chamado de tolerância. Quando o consumo da substância é suspenso ou ocorre redução da quantidade consumida, pode surgir uma constelação de sinais e sintomas que em conjunto são denominados de síndrome de abstinência. O uso da substância pode se tornar compulsivo de modo que as quantidades consumidas extrapolam a desejada pelo indivíduo. O tempo gasto com a procura, uso e recuperação dos efeitos da substância consomem boa parte do dia da pessoa.
O controle em relação ao uso da substância gradativamente deixa de existir de modo que as tentativas de reduzir as quantidades utilizadas não têm sucesso. Com o consumo compulsivo e a impossibilidade de se controlar, o indivíduo começa a ter inúmeros problemas sócio-ocupacionais. Várias esferas da vida podem ser prejudicadas tais como: família, emprego, trabalho, acadêmica e social. Quando a dependência é estabelecida, o indivíduo pode manter o consumo da substância, apesar de ter consciência plena ou parcial dos diversos prejuízos em sua vida.