Este transtorno difundido em diversas reportagens da imprensa escrita e falada determina, por vezes, percepções equivocadas deste diagnóstico pela população. O achado principal desta patologia é o chamado “ataque de pânico” o qual pode ser definido como uma sensação de intensa ansiedade ou desconforto. No ataque de pânico, uma série de sintomas surge de maneira abrupta com duração não muito prolongada, embora a sensação do indivíduo que o tenha seja de muito tempo.
Os sintomas que podem aparecer num ataque de pânico são: palpitações, taquicardia, dor torácica, náuseas, tontura, vertigem, desmaios, sensação de falta de ar, asfixia ou de sufocamento, sensação de formigamento e de dormências, sensação de que está vivenciado irrealidade ou saindo do corpo além de medo de está enlouquecendo ou morrendo. Com esta constelação de sintomas, é muito comum que a pessoa ao vivenciar repetidos ataques de pânico procure setores de emergências e médicos clínicos na perspectiva de que seu problema seja orgânico (cardiovascular, neurológico, etc).
O transtorno de pânico acontece quando o indivíduo tem ataques de pânico repetidos e inesperados sem fatores desencadeantes claros. Em decorrência destes ataques repetidos, passa a ter medo de novos ataques e das possíveis consequências de tê-los. Este medo antecipatório bem como o comportamento da pessoa relacionado ao ataque pode levar a um importante prejuízo na vida da pessoa. Situações sociais, acadêmicas, laborais e de lazer podem ser abandonadas em face dos sintomas.
A esquiva de locais abertos e com muitas pessoas cuja saída pode ser difícil caso aconteça um ataque de pânico, eventualmente, surge no decorrer do quadro. A isto chamamos de agorafobia. Diversas substâncias psicoativas podem levar a sintomas compatíveis de ataque de pânico. Neste caso, o diagnóstico de transtorno de pânico deve ser reavaliado, pois os sintomas são secundários a um agente externo.